A Escrita


 “Não podemos reduzir a criança a um par de olhos que veem, a um par de ouvidos que escutam, a um aparelho fonador que emite sons e a uma mão que aperta um lápis sobre uma folha de papel. Por trás ou para além dos olhos, dos ouvidos, do aparelho fonador e da mão, há um sujeito que pensa e que tenta incorporar a seus próprios saberes esse maravilhoso meio de representar e recriar a língua que é a escrita, todas as escritas.” (FERREIRO, 2002. p.36)


    É com este pensamento que observei uma criança de dois anos e meio, nesta semana. Estávamos fazendo desenhos livres em sala de aula e percebi que ela continuava fazendo os mesmos traços, isso me chamou a atenção.

    Então a questionei, o que ela estava fazendo, me respondeu, escrevendo. Pedi o que estava escrevendo e falou: meu nome.


   
Portando, cada criança tem o seu despertar para escrita, sempre respeitando o seu tempo e capazes de escutar, como diria Emília Ferreiro, seus primeiros balbucios escritos.

Comentários

  1. É mesmo, elas escutam e entendem seus próprios balbucios! Tenho uma sobrinha que chega a dar palestras de tanto que fala, e só ela (e um pouco a mão dela também) conseguem entender tudo aquilo que ela fala! Abç!

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